Estamos pra lá da metade de 2021, e provavelmente, nos últimos anos, você já
ouviu falar muito sobre inovação. E isso não está apenas no mainstream da
pandemia, apesar de ela ter fomentado e potencializado essa prática em muitos
lugares. Porém, vejo que muito se comenta sobre cultura da inovação e
processos inovativos, mas pouco se define o que de fato é inovar. Que tal ver o que alguns autores pensam sobre o assunto?
David Burkus,
doutor em estratégia organizacional e autor de livros sobre negócios e
liderança, retrata que inovação é aplicar ideias novas e úteis. Já
Stephen Shakiro, que trabalhou mais de 15 anos na Accenture, focando na inovação e
eficiência do negócio, vê
inovação como uma forma de permanecer relevante. Por sua vez,
Greg Satell, autor de Mapping Innovation, traz
a inovação como uma solução para um problema considerado importante em
um determinado contexto.
Imagem: rawpixel.com/Freepik
Bom, pelo que se observa, não há uma definição comum, nem mesmo entre os
especialistas no tema. Contudo, estaria errado afirmar que suas ideias não se
conectam. Tudo gira em torno de criar e transformar. Mas ao ver ou perceber
isso em prática, será que há uma forma de classificar a inovação?
Jake Nielson, que atuou como diretor de estratégia de produtos e operações na Emerson,
acredita que sim. Portanto, ele divide a inovação em 4 tipos:
Sustentável
Manter ativo o que está funcionando e deixando os consumidores satisfeitos, todavia, adicionando pequenos incrementos com o passar do tempo. Esse é o papel da inovação sustentável. E mesmo que algumas mudanças sejam feitas, por tratar-se de defender algo que já existe, a essência do produto deve-se manter. Um exemplo são os smartphones e
sua evolução.
Disruptiva
Novas tecnologias podem oferecer soluções de baixo custo. Aqui está o
propósito da inovação disruptiva. Dentre os seus exemplos mais notáveis,
destacam-se as plataformas de streaming, como uma alternativa ao aluguel de
filmes.
Novos Mercados
Perceber que o seu core business de hoje pode perder espaço e não estar vivo
amanhã é o primeiro passo na inovação de novos mercados. Assim, as empresas
inovam buscando soluções compatíveis com o seu meio, a fim de ofertá-las ao público. Novamente falando de streaming, um exemplo é o Globoplay, a plataforma
de transmissão online da TV Globo.
Integrativa
Quando um produto oferece uma funcionalidade específica e surge a oportunidade
de lançar um novo que faça o mesmo, além de diversas outras coisas, é como a
inovação integrativa funciona. Mesclar diversos serviços, antes oferecidos
separadamente, em um único também vale. Um exemplo, de novo, são os
smartphones, que substituíram câmeras digitais e tocadores de música. As
mesmas empresas que fabricavam esses dispositivos, hoje fabricam
smartphones.
Pensar sobre inovação não é uma tarefa simples. Aplicá-la, tampouco. O truque
é não a ver como uma área ou evento isolado dentro de uma empresa. Pode ser
até que no início ela pareça assim. No entanto, na medida que a ficha vai
caindo, a inovação deve estar embarcada na cultura da organização. Caso
contrário, no mundo que a gente vive, o negócio estará fadado ao fracasso.
Com informações AAA Inovação