Não é recente a ideia de Mark Zuckerberg e sua trupe sobre o desenvolvimento de drones com a função de fornecer internet wireless para regiões do mundo onde o sinal não chega, conectando parte dos 4,4 bilhões de habitantes, conforme dados da ONU, que ainda permanecem sem conexão. O projeto foi apresentado em meados de março desse ano quando Mark anunciou o Connectivy Lab, uma divisão de tecnologia atrelada ao Facebook, formada por especialistas em informática, aeronáutica e tecnologia aeroespacial, recebendo a missão de seguir com o referente projeto. O Connectivy Lab faz parte da iniciativa da internet.org, uma organização formada por Nokia, Samsung e Qualcomm, justamente com o objetivo de levar internet sem fio para lugares remotos do planeta.
O assunto foi retomado pela mídia quando o diretor de engenharia do Facebook Connectivy Lab, Yael Maguire, conversou com Pete Cashmore, CEO do Mashble, durante o evento Social Good Summit na última segunda-feira (22/09/14). Maguire revelou que não gosta de usar o termo "drones" para referenciar as aeronaves, preferindo chamar de "aviões" mesmo, já que eles terão o tamanho de Boeings 747, porém, sem a presença física de um piloto e serão movidos por energia solar, características que poderão colaborar para que possam passar meses ou até mesmo anos voando sem pousar. O executivo também comentou que os drones (que não serão bem drones) deverão sobrevoar o espaço aéreo, voando em um distância entre 18 e 27 Km da superfície, enquanto aviões tripulados chegam no máximo a 15 Km de altitude.
A intenção é que as aeronaves iniciem seus primeiros voos em 2015, percorrendo regiões ainda não definidas dos EUA, apenas em critério de testes, pois depois deverão estar espalhadas por 21 países da América Latina, África e Ásia.
Apesar da motivação, o Facebook ainda precisa passar por um grande impasse, considerando que a legislação aérea define que toda a aeronave precisa de pelo menos um piloto presente no voo, ao ponto que o Connectivy Lab tem a intenção de colocar um piloto para controlar diversos drones a partir de uma central remota. É válido lembrar também que a Google já revelou uma ideia parecida, o que definiu como Project Loon, espalhando balões na estratosfera, os quais ofereceriam internet wireless também para comunidades ainda desconectadas.