Depois de um boom em contratações no período da pandemia, 2022 não
foi um bom ano para as empresas de tech – incluindo as big. Os
EUA – sozinho – sofreu com 90 mil profissionais desligados de suas
organizações. Trata-se de um cenário de crise: Guerra, alta de juros e
inflação. As ações de muitas companhias despencaram e com isso houve os
desligamentos em massa. Afinal, todos querem manter o caixa e a eficiência.
Onde puderem "espremer", irão. E muitas vezes sobra para os recursos
humanos. Essa prática não é recente. Sempre foi assim.
Visualizing Tech Company Layoffs in 2022 | Visual Capitalist
Cenário brasileiro
Segundo a investidora Camila Farana,
entre janeiro e novembro de 2022, os recursos financeiros aportados pelos
capitalistas de risco chegaram a US$ 4,48 bilhões. Em 2021, esse valor foi bem maior, atingindo US$ 9,8 bilhões. Mas apesar da
redução, a especialista explica que em 2022, as startups brasileiras viveram
seu melhor segundo ano desde 2013.
Agora falando em pessoas, em 2022,
o cenário das startups sofreu uma baixa de 4 mil profissionais. Empresas como Quinto Andar, Loggi, Ebanx, Mercado Bitcoin e Loft foram as
que mais desligaram pessoal. Neste período, somente a Loft demitiu 855
funcionários, o que gira em torno de 10% do seu quadro.
Camila afirma que os investidores ficaram mais cautelosos, e isso deverá
prevalecer em 2023 em virtude de indefinições e incertezas no meio
político.
Muitas contratações na pandemia
Alguns alegam que acabaram contratando demais durante a pandemia. Na
primeira semana de 2023,
a Amazon anunciou mais demissões, podendo chegar a 18 mil.
No infográfico acima, é possível ver que em novembro de 2022, essa gigante
já havia demitido 10 mil funcionários. A Salesforce, outra expoente da
tecnologia, também já se pronunciou
e disse que vai reduzir sua força de trabalho em 10%. Só para constar, atualmente a Amazon conta com 1.468.000 funcionários. A
Salesforce possui 79.824 colaboradores.
Futuro incerto
Alguns
tech recruiters já sugerem pensar duas vezes antes de trocar de
emprego. O contexto ainda é muito incerto, tanto em esfera nacional como
internacional. Mais demissões podem ocorrer e poderá levar algum tempo até que
a situação se estabilize.