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sexta-feira, 8 de setembro de 2023

Sonho que ainda trabalho na Ritmo

Logo depois que terminei o ensino médio, no final de 2008, iniciei como Estagiário de TI na Ritmo Veículos, uma concessionária da marca Fiat com lojas em algumas cidades aqui no Rio Grande do Sul. As aulas mal haviam finalizado e eu já estava lá, pronto para começar – apesar de ter sido realmente "registrado" apenas na primeira semana de 2009. Meu sonho era trabalhar naquele lugar, onde meu pai também trabalhava – na época, já por quase 30 anos.

Sabe aqueles filhos que quando o pai tem alguma profissão publicamente admirada – como policial ou bombeiro, por exemplo – se gabam com orgulho deles? No meu caso, era mais ou menos assim. Na infância, eu colava em todos os meus carrinhos pequenas etiquetas com a escrita "Fiat" pra dizer que eles também eram da marca. Nos finais de semana, algumas vezes pediam para o pai ir fazer algum atendimento na empresa. Eu adorava ir junto e ficava fascinado com todos aqueles carros diferentes, modernos e com cheirinho de novo. Na medida que fui crescendo, seguia acompanhando o pai quando ele estava na escala de trabalho nos sábados de manhã. Nestas situações, eu normalmente ficava o tempo todo utilizando algum computador, pois em casa só tinha internet discada, então eu aproveitava a oportunidade para navegar por uma conexão mais rápida. Não tenho palavras para descrever estes momentos. Eram simplesmente incríveis e guardo cada uma destas lembranças com muito carinho.

Mas voltando ao início da minha carreira como estagiário na Ritmo. Eu simplesmente estava muito feliz em trabalhar com o que eu gostava e estudava no curso técnico em informática. E ainda mais, em um lugar tão querido pra mim. Depois de um ano como estagiário, fui efetivado. Meu cargo era Auxiliar de CPD. Para quem não sabe, CPD é a sigla para Centro de Processamento de Dados. Trata-se de uma maneira – já na época, meio obsoleta para referenciar o data center ou mesmo a área de TI de uma empresa. Em todo o caso, ao passar de estagiário e receber um cargo, fiquei muito orgulhoso.

Trabalhei na Ritmo até abril de 2012. Considerando o período do estágio, fiquei lá por quase 3 anos e meio. Aprendi muito durante todo este tempo e fui muito feliz. Afinal, meu trabalho consistia no que eu gostava de fazer, e ao mesmo tempo, eu estava próximo do meu pai – que apesar de não trabalharmos no mesmo setor – nós chegávamos juntos, almoçávamos juntos e saíamos juntos.

O urso da foto é o Gino Passione, um masconte da Fiat.

Meu trabalho na Ritmo era prestar suporte de microinformática aos usuários. Além disso, também realizava a manutenção nos computadores, cuidava do estoque de suprimentos de informática e executava pequenas tarefas de administração dos servidores quando a responsável pelo setor – e também minha supervisora – não estava. Graças a Deus, como profissional, nunca me faltou criatividade, iniciativa e organização. Não é por menos que desde sempre – em qualquer lugar –, eu tive liberdade e autonomia para fazer o meu trabalho da forma que eu desejasse. Portanto, até hoje tenho orgulho de ter transformado computadores antigos – instalando uma distribuição mais leve e gratuita de Linux – em terminais de conexão remota, de ter consertado com o uso de um cabo USB caixinhas de som 110V que as pessoas haviam queimado ao ligar em 220V, ou ainda, de ter desmontado estabilizadores estragados para reutilizar as tomadas e refazer as conexões de energia quebradas dos pequenos transformadores 110V para 220V utilizados nos telefones sem fio.

Além da satisfação no trabalho, também me lembro de sentir uma energia tão boa em relação a faculdade, a convivência com meu pai – a harmonia da nossa família, podendo chegar em casa e encontrar minha mãe e meu irmão – e aos meus projetos no tempo livre – como é o caso deste blog. Basta olhar a quantidade de postagens que eu fiz naqueles anos. Foi o período em que eu estive mais ativo por aqui. Lembro-me de ficar até tarde da noite depois ainda de ter chegado da aula – muitas vezes até de madrugada –, lendo, pesquisando e escrevendo novos posts. Na manhã seguinte, todos os dias, antes das 7h, o pai já me chamava para sair da cama.

Acredito que por conta de tudo isso, todas essas recordações boas, sensações gostosas e saudades deste tempo, é que eu sonho que ainda estou trabalhando na Ritmo. São sonhos bastante recorrentes. Pelo menos a cada 15 dias eles aparecem. Não me incomodo. Pelo contrário, até gosto. Mas é estranho. Já se passaram 11 anos desde que saí da Ritmo, onde foi meu primeiro emprego. Tantas coisas aconteceram desde então – viagem, namoro, formatura, perdas, casamento, casa própria, carro e duas trocas de empregos. Mas apesar de tudo isso, nos meus sonhos, eu ainda estou na Ritmo: aprendendo, testando, fazendo minhas invenções, atendendo as pessoas – diariamente ao lado do meu pai –, e sendo feliz.

P.S.: Infelizmente a Ritmo Veículos não existe mais. Em 2016, as lojas foram adquiridas por um outro grupo de concessionárias Fiat e sua operação administrativa foi encerrada.

domingo, 8 de janeiro de 2023

O declínio das empresas de tech

Depois de um boom em contratações no período da pandemia, 2022 não foi um bom ano para as empresas de tech – incluindo as big. Os EUA – sozinho – sofreu com 90 mil profissionais desligados de suas organizações. Trata-se de um cenário de crise: Guerra, alta de juros e inflação. As ações de muitas companhias despencaram e com isso houve os desligamentos em massa. Afinal, todos querem manter o caixa e a eficiência. Onde puderem "espremer", irão. E muitas vezes sobra para os recursos humanos. Essa prática não é recente. Sempre foi assim.
 


Cenário brasileiro


Segundo a investidora Camila Farana, entre janeiro e novembro de 2022, os recursos financeiros aportados pelos capitalistas de risco chegaram a US$ 4,48 bilhões. Em 2021, esse valor foi bem maior, atingindo US$ 9,8 bilhões. Mas apesar da redução, a especialista explica que em 2022, as startups brasileiras viveram seu melhor segundo ano desde 2013.
 
Agora falando em pessoas, em 2022, o cenário das startups sofreu uma baixa de 4 mil profissionais. Empresas como Quinto Andar, Loggi, Ebanx, Mercado Bitcoin e Loft foram as que mais desligaram pessoal. Neste período, somente a Loft demitiu 855 funcionários, o que gira em torno de 10% do seu quadro.
 
Camila afirma que os investidores ficaram mais cautelosos, e isso deverá prevalecer em 2023 em virtude de indefinições e incertezas no meio político.

Muitas contratações na pandemia


Alguns alegam que acabaram contratando demais durante a pandemia. Na primeira semana de 2023, a Amazon anunciou mais demissões, podendo chegar a 18 mil. No infográfico acima, é possível ver que em novembro de 2022, essa gigante já havia demitido 10 mil funcionários. A Salesforce, outra expoente da tecnologia, também já se pronunciou e disse que vai reduzir sua força de trabalho em 10%. Só para constar, atualmente a Amazon conta com 1.468.000 funcionários. A Salesforce possui 79.824 colaboradores.

Futuro incerto


Alguns tech recruiters já sugerem pensar duas vezes antes de trocar de emprego. O contexto ainda é muito incerto, tanto em esfera nacional como internacional. Mais demissões podem ocorrer e poderá levar algum tempo até que a situação se estabilize.

segunda-feira, 26 de setembro de 2022

Você sabe com o que o Joatan trabalha?

Talvez um dos principais desafios dos profissionais de TI é explicar as pessoas que não são da área sobre o seu trabalho. Normalmente o pessoal associa como alguém que conserta coisas. No fundo, não deixa de ser, mas é bem mais complexo que isso.

No meu caso, quando eu trabalhava como técnico em informática era fácil de explicar: o menino da TI que conserta os computadores. Depois, quando fui trabalhar com suporte e infraestrutura, complicou um pouco, pois eu acabava me envolvendo com tecnologias e mecanismos que não fazem parte tanto do cotidiano técnico de quem "arruma computador", mas ainda era OK de falar sobre isso. Mais tarde, quando fui trabalhar com gestão de serviços de TI, daí a situação ficou tensa: no geral, as pessoas nem imaginam – há inclusive pessoas de TI que não fazem ideia da existência dessa função – e que esse tipo de serviço existe e é de suma importância para uma empresa.

Agora, já vai fazer quase 1 ano que estou trabalhando como consultor de treinamentos de uma plataforma chamada ServiceNow. Há muita gente – e mais uma vez, incluindo pessoas de TI – que não fazem ideia da existência do ServiceNow. E muito menos consideram a necessidade de haver treinamentos para isso, visto que não conhecem a dimensão da solução. Face a isto, a seguir, compartilho dois vídeos feitos para explicar sobre o que é ServiceNow e sobre o ecossistema da solução em termos de produtos e funcionalidades.

O que é ServiceNow?


Conheça o mapa de capacidades do ServiceNow

Perceba que o ServiceNow é muito amplo. Portanto, é humanamente impossível alguém conhecer profundamente a solução de ponta a ponta. Acho difícil haver um especialista que conheça em detalhes toda a gama de produtos e soluções oferecidas.

Entretanto, sempre há um começo. A pessoa inicia aprendendo o básico da ferramenta, como configurá-la e administrá-la no seu sentido mais generalista. Depois, pode se aprofundar em mais dois ou três produtos, por exemplo. No meu caso, eu sei como administrar o funcionamento do ServiceNow – na sua forma geral. Sou certificado e tenho habilitação para ministrar o curso ServiceNow Fundamentals. Além disso, como também conheço de ITSM (sigla em inglês para gestão de serviços de TI), tanto no contexto geral – não especificando ferramenta "A" ou "B", – também fui avaliado e consegui permissão para conduzir treinamentos de ITSM Fundamentals.

Então é isso. Agora você já tem uma ideia com o que eu trabalho. Quando nos encontrarmos, você até pode me perguntar sobre a melhor marca ou modelo de notebook para comprar, mas como já há alguns anos que eu não acompanho mais isso com tanto afinco, minha resposta será meio vaga 🤷‍♂️. No entanto, se me perguntar sobre ServiceNow, certamente poderei te ajudar mais. 😊

domingo, 29 de maio de 2022

O Projeto Unicórnio

Ano passado, li O Projeto Fênix e postei aqui minhas percepções sobre o livro. Agora, finalizei O Projeto Unicórnio – outra produção de Gene Kim – o mesmo autor do O Projeto Fênix. Gostei igualmente dos dois livros. Acho que eles se complementam, e nos próximos parágrafos, comento um pouco sobre a trama e os pontos de conexão entre as obras.

No O Projeto Fênix, acompanhamos a trajetória de Bill Palmer, executivo de TI da Parts Unlimited – uma gigante do setor automotivo, – que enfrenta um período complicado frente a um mercado em constante evolução e que exige resultados financeiros que a companhia tem dificuldade para entregar. O "salvador da pátria" seria o Projeto Fênix, com a promessa de revolucionar a maneira como a organização interage com seus clientes, oferecendo um sistema de E-Commerce robusto e totalmente integrado com as demais áreas e plataformas da empresa. No entanto, devido a uma série de problemas estruturais – principalmente envolvendo processos, metodologias e comunicação – entre as áreas de operações e desenvolvimento de TI –, somado ao total desalinhamento com as expectativas e prazos das áreas de negócio, o go-live do projeto não é tão bom quanto o esperado. Isso faz com que diversos princípios sejam revistos, provocando uma mega reestruturação na TI; iniciativa que foi chamada de Projeto Unicórnio.
 
O Projeto Unicórnio – Um Romance sobre Desenvolvedores, Disrupção Digital e Sucesso na Era dos Dados

No livro que leva este nome, somos apresentados a Maxine Chambers – uma conceituada engenheira de software –, que acabou sendo realocada na estrutura de TI da companhia, onde se deparou com inúmeras falhas de planejamento, processo, comunicação e controle de qualidade – os bastidores do Projeto Fênix.

Enquanto em O Projeto Fênix conhecemos a história do ponto de vista de Bill, em O Projeto Unicórnio, acompanhamos pelo olhar de Maxine. Em O Projeto Unicórnio, alguns personagens que conhecemos no O Projeto Fênix aparecem – como o próprio Bill –, mas o contrário não acontece, pois apesar da cronologia da história relatada por ambos ser a mesma, O Projeto Unicórnio foi escrito depois do O Projeto Fênix.

Maxine – na sua jornada – encontra o mesmo mentor que ajudou Bill no primeiro livro. Um figurão chamado Eric, que apresenta à engenheira ao que é chamado de Os Cinco Ideais. Junto com alguns colegas – que compartilham dos mesmos incômodos experimentados por Maxine em relação a estrutura da empresa e a maneira que lidam com tecnologia e negócios, é formado um grupo de trabalho independente. Este time – inicialmente intitulado de A Rebelião – usa os ideais de Eric para fazer a diferença, trazendo à tona iniciativas de inovação nunca antes pensadas pela organização tradicional de TI, o que acaba sendo fundamental para a eficiência e os resultados financeiros requeridos para a empresa retomar sua posição no mercado.

Preciso ler um livro antes do outro?


O autor – Gene Kim – comenta na apresentação de O Projeto Unicórnio que não é necessário ler O Projeto Fênix primeiro. Não há uma dependência entre os livros. Retomando o que comentei, a história contada por ambos é a mesma, mas de pontos de vista diferentes. Avalio que isso foi muito bem-feito pelo autor, o que de modo algum faz com que um livro anule o outro ou mesmo não compense ler ambos.

P.S.: Um disclaimer que faço – e isso já havia me incomodado um pouco em O Projeto Fênix – é a tradução para português. Alguns termos mais técnicos – a maneira como são traduzidos não é a mais adequada. Contudo, compreendo que é complexo acertar este ponto e sei que há a versão em inglês também disponível. Mesmo assim, deixo aqui meu ponto de atenção quanto a isso, caso a sua ideia seja ler em português.

terça-feira, 14 de dezembro de 2021

Sim, I'm back to work

Se você acompanha meus posts, deve saber que nesse ano — 2021 — passei por uma espécie de crise de carreira. Por decisão própria, deixei a Getnet, empresa que por quase 8 anos me acolheu e ofereceu espaço para crescimento e desenvolvimento. Poucas semanas depois desta saída, tentei ingressar em uma área diferente — profissionalizar minha paixão por redação e tecnologia — mas acabei percebendo que não estava pronto pra isso. E aí segui em frente, decidido que precisava encontrar um propósito e que mais cedo ou mais tarde — sem pressão alguma — ele iria aparecer.

Nisso, há quase 2 meses, fui procurado por uma empresa que me chamou a atenção. A proposta — e aqui não falo apenas do lado financeiro, mas principalmente do trabalho a ser desenvolvido — me agradou bastante: unir tecnologia e educação com a intenção de compartilhar conhecimento na posição de consultor de treinamentos em uma academia corporativa. Além disso, a cultura da empresa também despertou meu interesse, assim como a maneira que eles tratam o tema de employee experience — encorajando todos a seguir o mote #TemQueSerFeliz.

homeoffice joatan aoop

Meu home office

E assim, já estou na minha quarta semana de trabalho na Aoop Cloud Solutions. Pois é, eu aceitei o emprego e estou bem feliz com a decisão. Afinal, tudo o que eu vi até agora, está bem em linha com os meus valores e princípios, sem contar que corresponde totalmente com o que me foi "vendido" pelas pessoas que me entrevistaram, incluindo o próprio CEO da companhia.

Mas então eu já estava pronto para voltar ao trabalho? 

Digamos que eu ainda não estava necessariamente procurando emprego, — claro, em algum momento começaria a procurar, — porém, apesar do meu momento sabático, nunca deixei de estar aberto às propostas. No caso, se a oferta fosse boa, possibilitando que eu enxergasse um objetivo claro e alinhado com os meus desejos, eu estaria disposto a encarar. Não preciso dizer que isso aconteceu conforme fui conhecendo as intenções da Aoop, certo?

O gatilho para terem me achado e se interessado no meu perfil, — foram os vídeos que comecei a produzir sobre o uso do ServiceNow — uma ferramenta de automação de processos e gestão de serviços. A Aoop é parceira da ServiceNow, e com isso, lidera projetos de implantação e treinamentos, junto aos clientes da plataforma no Brasil.

Conheci o ServiceNow e aprendi a usá-lo e administrá-lo junto com meus ex-colegas na Getnet, onde conduzimos um projeto de implantação e substituição de um software legado, adotando o ServiceNow no lugar. Não posso deixar de mencionar, que os materiais de orientação que na época produzimos como apoio aos usuários na transição de um ambiente para o outro, foram uma inspiração para que eu iniciasse os meus vídeos. 

Entretanto, a intenção que me fez ter começado a construção de um conteúdo — de maneira individual e independente — foi para ajudar pessoas que estão começando a utilizar o produto e talvez tenham as mesmas dificuldades que eu tive. Aliás, os vídeos que produzi — e desejo continuar produzindo — são em português, o que oferece oportunidade para quem possui dificuldade com o idioma inglês, a língua nativa do ServiceNow e da sua documentação oficial.

Uma oportunidade para estar mais próximo da educação

Nessa minha jornada de autoconhecimento, pela qual passei nos últimos meses, eu havia conversado com a doutora Adriana, a professora que escolhi como orientadora do meu TCC de graduação. Na conversa com a "profe" Adri, questionei sobre uma eventual possibilidade de bolsa de pesquisa ou algum caminho para ingressar no meio acadêmico. O motivo disso foi baseado na vontade que fiquei, depois de ter me formado, de ingressar em um programa de mestrado, a fim de mais tarde buscar espaço no corpo docente de uma universidade. No entanto, infelizmente o meio acadêmico também foi afetado pela pandemia, refletindo negativamente nos incentivos à pesquisa, e de certa forma, isso me desanimou um pouco, tanto que acabei não avançando na iniciativa.

Sendo assim, posso dizer que este foi mais um dos motivos pelos quais aceitei a oportunidade na Aoop, já que terei a possibilidade de estar mais próximo ao ensino e a educação. Com isso, encontrei a chance de aprender, reaprender e aprender novamente um conteúdo, algo que me agrada muito e lembra a realidade de um professor.

Por fim, achei meu propósito e estou incrivelmente grato

Dito tudo isso, afirmo que achei meu propósito: como um instrutor e produtor de conteúdo, facilitar o conhecimento de ServiceNow e suas tecnologias por meio de programas de treinamento, de modo que a TI opere como aliada estratégica de negócio dentro das organizações.

the golden circle instrutor servicenow

The Golden Circle — agora preenchido

E aqui entre nós, como é bom estar novamente engajado com uma causa que nos completa! Estou totalmente disposto a dar o meu melhor a fim de seguir com meu desenvolvimento, sendo um profissional cada dia mais evoluído, sempre buscando conhecimento e constantemente aperfeiçoando e adaptando a maneira como compartilho e coloco tudo em prática.

Sou muito grato a todos que sempre torcem por mim, em especial a minha família, por estar sempre ao meu lado, me apoiando em cada decisão, sem julgamentos ou preconceitos, pois sabem que o que importa é que eu seja feliz.

sábado, 16 de outubro de 2021

Como pessoas de TI veem umas às outras

Dizer que trabalha com TI não explica muita coisa. Afinal, há uma infinidade de papéis que se pode cumprir neste ramo. Mas além da diversidade de funções na área de tecnologia, existem algumas características que são — de certa forma — peculiares e que esses profissionais veem uns nos outros.

Dito isso, você já parou pra pensar que um desenvolvedor pode se perceber bem diferente do que os administradores de rede — sysadmins — o enxergam? Ou ainda, será que a forma como um gerente de projeto vê um QA é igual como um designer encara a posição de testador? 

Anyway, a imagem abaixo ilustra isso. Sem ofensas. 😬

how it people see each other
How IT people see each other

Apesar da zueira, como eu sempre digo, toda a brincadeira tem um fundo de verdade. 😅😮 E aliás, reparou que ninguém gosta dos sysadmins a não ser eles mesmos? 😂

domingo, 25 de julho de 2021

O Projeto Fênix e suas perspectivas realistas sobre a TI

Publicado em 2013, O Projeto Fênix, respondendo pelo título original em inglês, The Phoenix Project: A Novel About IT, DevOps, and Helping Your Business Win, foi um livro escrito por Gene Kim, Kevin Behr e George Spafford.

Como a própria obra traz no subtítulo – Um romance sobre TI, DevOps e sobre ajudar o seu negócio a vencer – trata-se da narrativa de Bill Palmer, um gestor de TI, que do dia para noite, se vê promovido ao cargo de head de operações de TI da Parts Unlimited, uma grande indústria de peças automotivas. Junto da sua nova posição, Bill recebe das mãos do CEO da empresa, o desafio de colocar em produção o Fênix, um projeto dado como mandatório para que a organização reconquiste seu valor no mercado.

Ao assumir a nova posição, o personagem depara-se com uma TI totalmente desorientada. Alguns exemplos da situação encontrada refletem em processos ITIL não sendo seguidos, não conformidade com auditorias e regulatórios, profissionais sobrecarregados e um backlog de atividades confuso, constantemente em conflito com prioridades internas e de negócio. 

Além da situação descrita, Palmer percebe que durante as tentativas de implementação de funcionalidades em sistemas e produtos corporativos, o desalinhamento entre desenvolvimento e operações de TI é nítido – e isso sem falar na baixa qualidade das entregas e a ausência no cumprimento de requisitos não funcionais.

Livro: O Projeto Fênix

No desenrolar da trama, o líder é apresentado a um consultor, que ao longo da sua jornada junto deste figurão, descobre que a TI tem muito mais um comum com a esteira de produção de uma fábrica, do que ele poderia imaginar. E com isso, lições valiosíssimas são aprendidas, comportamentos estes que vão ao encontro do que no livro eles chamam de “3 maneiras” e “4 tipos de trabalho". Juntamente disso, inúmeros outros aprendizados que promovem a TI, de uma área isolada, para uma aliada estratégica do negócio, são apresentados.

E vale mesmo a leitura?

Sim, muito! Mas vou confessar: Já faz mais de um ano que eu estava com essa leitura em andamento. Terminei semana passada. Logo no início, quando comecei, apesar de não ocupar um cargo de gestão, me identifiquei tanto com a história, que ao invés de estar me fazendo bem, acabava tendo um déjà-vu do que eu observava e algumas vezes até mesmo vivia durante meu dia a dia no trabalho. E isso me deixava desgastado e apreensivo, tanto que eu acabei parando de ler por um tempo.

Certamente quem é de TI também vai se identificar com os relatos, pois a abordagem é bastante realista, e apesar de nem sempre deixar tão explícita a prática adotada, é possível perceber do que se trata. Um pouco também pode ser a tradução, por sinal, essa sendo a minha única crítica, pois em alguns momentos parece meio “dura”. No final do livro, após os agradecimentos, os autores deixam registrado um guia dos recursos utilizados para construção de todo a composição, o que certifica a legitimidade do conteúdo.

quarta-feira, 21 de abril de 2021

Sai do Fusca, entra no Fusca

Apesar de fazer tanto tempo que tenho esse blog, volta e meia, me recordo de algum fato "clássico" da área de TI que ainda não compartilhei por aqui. Hoje, trago o conhecido conto do engenheiro elétrico, engenheiro mecânico e do técnico em informática que estavam viajando de Fusca.

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Sai do Fusca, entra no Fusca

Três funcionários de uma empresa estavam indo juntos para o trabalho. No meio do caminho, o carro, um Fusca que pertencia a um dos colegas, começa a falhar, até que o motor se apaga. O motorista bate arranque, mas sem sucesso. Depois de alguns segundos, tenta novamente e nada acontece.

Cada um dos homens possui uma formação profissional diferente, pois a firma onde trabalham é grande e conta com diversos setores.

Sem muitas alternativas, eles começam a especular o problema. O rapaz formado em engenharia elétrica sugere que seja verificado a parte elétrica do automóvel, pois o acha que o problema pode ser algum fusível ou componente queimado. O engenheiro mecânico, presume que se trata do carburador ou as velas do motor.

Já o técnico em informática, sugere que todos saiam do Fusca, fiquem do lado de fora por um momento e depois voltem para dentro do carro, para que então se tente novamente bater arranque e ver o motor volta a funcionar.

Essa é a minha versão da história. Certamente quem é da área entendeu muito bem o final, não é mesmo? 😅😅😅

segunda-feira, 22 de março de 2021

Há vagas, mas onde estão os candidatos?

Diariamente acesso o LinkedIn e me deparo com uma enxurrada de vagas. Apesar de todos os males que a pandemia trouxe para muitos empreendedores, grandes empresas continuam em constante expansão, e com isso, seguem também ampliando o seu quadro de funcionários. 

Vejo isso especialmente na área de TI, onde a demanda por profissionais qualificados é constante. Um fator que tem colaborado para que tanto os recrutadores quanto os candidatos possam ampliar seus limites de busca, é a possibilidade de atuar 100% home office. Muitas companhias adotaram este regime desde o início da COVID-19 e continuam oferecendo como uma nova modalidade de contratação.

Entretanto, mesmo com a oferta de oportunidades e a flexibilização quanto a localização, parece que há uma certa dificuldade para que as organizações encontrem os indivíduos com as características desejadas para ocupar as posições oferecidas. Não é por menos que hoje, o CEO da empresa onde eu trabalho, postou na página dele no próprio LinkedIn, uma matéria publicada pelo Valor Econômico, que relata exatamente este tema, o que me motivou a chamar atenção para isso por meio desta postagem aqui no blog.

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Estudo conduzido pela Randstad, revela que no Brasil, 58% dos líderes de RH se queixam da falta de candidatos enquanto que no mundo este índice é de 40%. (Imagem/Reprodução: Valor Econômico)

Quando se fala apenas na TI, 42% dos líderes de RH brasileiros indicam falta de mão de obra qualificada. Na tentativa de sair deste patamar, investimentos em ferramentas que prometem apoiar no mapeamento de talentos, além de iniciativas para qualificação e retenção dos colaboradores internos estão sendo postas em prática.
 
Os indicadores mostram que a valorização de profissionais experientes foi destacada durante a pandemia. Certamente funcionários que conhecem o modus operandi das organizações em que atuam, assumem um grau de confiança que promove mais segurança na tomada de decisão, o que colabora para a resiliência de muitos negócios em períodos de crise.

Se ficou interessado e deseja ler a publicação do Valor na íntegra, eu salvei ela, então clica aqui pra acessar.

E o que pensar disso tudo?

Em linhas gerais, o grande ponto é que se você sabe qual caminho deseja seguir no seu ramo de atuação, no intuito de especializar-se em uma determinada disciplina, oportunidades não faltarão para conquistar uma boa posição no mercado. E novamente, falando da TI, eu diria que as áreas que estão mais em alta, baseado no que tenho visto, são desenvolvimento, como sempre, (front-end, back-end ou full stack), cyber segurança, big data, especialistas em IA, arquiteto de soluções em nuvem e DevOps.

domingo, 27 de dezembro de 2020

A reação que 10 entre 10 profissionais de TI já tiveram

A ilustração faz referência aos desenvolvedores de software. Entretanto, estendo a reflexão a todos os profissionais de TI, pois quem nesse ramo nunca perdeu a cabeça? A reação mais comum é xingar tudo e todos, questionar a sua existência e principalmente a razão por ter escolhido essa área pra trabalhar. E fez isso, só porque não conseguiu resolver um probleminha. Pois é, têm dias que é assim mesmo. 😟

Mas felizmente, quando aparece a solução, muitas vezes bem mais simples do que pensávamos, o cenário muda. Ao perceber que deu tudo certo, saímos felizes da vida pra pegar um café e continuar trabalhando, como se nada tivesse acontecido. E assim se segue até chegar a próxima crise. 😅😆

sexta-feira, 29 de maio de 2020

quarta-feira, 13 de maio de 2020

terça-feira, 17 de março de 2020

sábado, 10 de novembro de 2018

O mercado de TI está mesmo aquecido?

Fiquei pensando nisso durante essa semana, depois que recebi o retorno positivo quanto a um processo seletivo interno que eu estava concorrendo na empresa onde trabalho. Uma semana antes eu havia agendado uma entrevista por telefone com a recrutadora de outra empresa, mas quando soube da resposta do processo interno, acabei desmarcando, e recebi como retorno da pessoa do RH com quem eu estava tratando, um pedido para indicações a vaga, além do desejo de sucesso no meu novo desafio. Por coincidência, no mesmo dia, também uma recrutadora, mas de outra empresa, me procurou pedindo indicações, visto que algumas semanas antes ela havia demonstrado interesse no meu perfil no LinkedIn e me convidado para uma entrevista, mas que eu recusei, pois a oportunidade não me atraiu.


Na própria empresa onde eu trabalho, temos uma visão contínua das vagas que abrem para recrutamento interno na área de TI. Nesse momento, não sei dizer a quantidade total de posições que estão abertas, mas toda a semana recebemos uma relação com diversas novas oportunidades para a área, as quais, se não forem preenchidas internamente, provavelmente serão abertas para o mercado.

Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Abrasscom), existem atualmente no Brasil 50 mil postos de trabalho que estão aguardando um profissional qualificado

Os salários dos profissionais de TI também aumentarão proporcionalmente. Conforme a consultoria da Robert Walters, referência mundial em recrutamento, o salário de um diretor de TI, por exemplo, poderá ultrapassar 700 mil reais por ano.

De acordo com pesquisas realizadas pelas maiores consultorias do país, tais como, Catho, Conquest One, Robert Half, Michael Page e Exec, os profissionais mais requisitados no ramo são Cientista de Dados, Cloud Computing, Engenheiro de Software, Scrum Master, Especialista em Big Data, DevOps, Custumer Success e User Experience. E com isso, confirma-se as tendências que tenho percebido no meu dia a dia, pois muito tenho ouvido falar sobre métodos ágeis e "desenvolvimento" e "operações".