Não é recente essas discussões levantadas por psicólogos e analistas sobre doenças causadas pelos vícios tecnológicos. Referenciando diretamente os celulares, a trupe definiu o termo como nomofobia, um acrônimo formado pela junção das palavras "No + Mobile + Fobia", em tradução, medo de permanecer sem seu dispositivo móvel ou sem conexão no aparelho.
Geralmente pessoas que sofrem de nomofobia estão sempre com o celular por perto. Dormem com o aparelho ao lado, nunca deixam a bateria acabar e sentem aflição quando ficam sem sinal. É comum essas pessoas voltarem para buscar o aparelho quando esquecem em algum lugar como em casa ou no trabalho, por exemplo.
"Nomofobia: o medo de ficar sem sinal, sem conexão e sem bateria"
Pesquisas indicam que pacientes vítimas de depressão ou algum tipo de ansiedade são propícios para o desenvolvimento da doença, pois as características para esse transtorno são comuns, acrescentando ainda crises de pânico, hiperatividade e compulsão.
Os primeiros indícios da nomofobia surgiram em 2008 na Inglaterra, mesma época que uma pesquisa realizada no país pelo The Royal Mail mostrou que 58% dos britânicos e 48% das britânicas sofrem de nomofobia. Na França, a empresa Mingle realizou um estudo parecido e identificou que entre 1500 franceses entrevistados, 22% afirmaram ser "impossível" ficar mais de um dia sem seu celular.
Os sintomas são simples, entre eles a incapacidade de desligar o aparelho, a verificação obsessiva por novas mensagens, chamadas e notificações, a tentativa constante de aumentar a "vida" da bateria ou ser incapaz de ir ao banheiro sem levar o celular. Muitos justificam o uso excessivo devido ao trabalho. Mas a "prova real" é simples: no fim de semana deixe o aparelho de lado e observe o que acontece.
Para os demais, não custa ficar de olho, pois tudo que é usado em excesso acaba sendo prejudicial pra saúde.