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sábado, 25 de maio de 2024

Qual a diferença entre inteligência artificial e sistema computadorizado?

Dias atrás, meu pai me fez a pergunta que intitula essa postagem. E ele complementou questionando: "Existe mesmo diferença?". Eu respondi: "Sim, existe!". E comecei a explicar que um sistema computadorizado – como o nome já diz – é uma estrutura que roda dentro do computador, armazenando dados e permitindo que as informações sejam resgatadas e aceitem operações, que quando executadas, oferecem algum benefício ao usuário. Segui explicando – e diferenciando – que a inteligência artificial (IA)  busca "imitar" a cognição humana, e com isso, cria situações em que as pessoas podem interagir no computador como se estivessem trocando informações com outro indivíduo.

Meu pai trabalhou a vida toda no ramo automotivo. Ele ficou quase 40 anos em uma concessionária da marca Fiat. Por isso, muitas vezes, nossas conversas acabam sendo direcionadas para exemplos envolvendo esta época. Sendo assim, após a minha breve explicação, ele perguntou se o Fiatnet – o software que ele conheceu e trabalhou na época da concessionária, que fazia toda a gestão de vendas, pós-vendas, atendimento ao cliente, estoque de peças e administração – seria uma IA ou um sistema computadorizado.

Exemplo de Sistema Computadorizado

Eu disse que o Fiatnet seria um sistema computadorizado. Afinal, toda a vez que se desejava saber sobre o histórico de um veículo, como por exemplo – dados do proprietário, data da compra, última quilometragem registrada, revisões realizadas e próximas –, bastava fazer uma pesquisa no computador, utilizando dados como chassi ou placa. Comentei que todas essas informações estavam guardadas em um banco de dados e que as operações – no caso do exemplo, uma consulta – eram feitas a partir de um estímulo inicial (a entrada de um dado), seguido da navegação em telas, botões, campos e formulários do sistema.

Sistema computadorizado

Dito isso, meu pai lembrou que no passado, as informações eram armazenadas em fichas de papel e sempre que se desejava realizar uma pesquisa como a que comentei, era necessário se deslocar até um arquivo físico e buscar a pasta com os dados do cliente e seu veículo. Portanto, vi que ficou clara a ideia do sistema computadorizado, já que ele percebeu que antes do computador, as informações eram guardadas em documentos físicos, e que mais tarde, com o uso da máquina, os dados passaram a ser acessados digitalmente, por meio de um sistema computadorizado.

Exemplo de Inteligência Artificial

Por fim, meu pai perguntou: "E se o Fiatnet fosse uma IA, como seria?". Eu respondi que poderia funcionar da seguinte forma: "Ao invés de haver um formulário com um campo específico para inserir os dados do veículo – seguido de um botão de pesquisa –, poderia existir uma caixa de texto onde coloquialmente poderíamos escrever uma pergunta, relatando que gostaríamos de saber sobre o veículo com determinada placa ou chassi. A partir disso, receberíamos como resposta as informações desejadas, como se estivéssemos conversando com o computador.". Arrisquei a comentar que no exemplo citado, é como se a IA fosse um funcionário da empresa que tivesse todo o conhecimento necessário para o negócio funcionar. Desta forma, bastaria chegar até ele e fazer a pergunta certa para receber a resposta que precisássemos naquele momento.

Inteligência Artificial

IA vs. Sistema Computadorizado

Notavelmente satisfeito com a conversa, meu pai disse: "Então é mais fácil utilizar a inteligência artificial do que um sistema computadorizado!". Claramente concordei com a afirmação dele e complementei: "Um sistema computadorizado necessita que comandos sejam explicita e objetivamente inseridos para que a informação desejada seja extraída. E mesmo assim, algum esforço talvez tenha que ser feito pelo usuário, como sumarizar os dados obtidos a fim de encontrar de fato a resposta desejada.". E segui dizendo: "Já a inteligência artificial, funciona como se fosse uma pessoa – conhecedora de todas os dados e informações que desejamos obter – e para receber uma resposta, basta que façamos uma pergunta como se estivéssemos tendo uma conversa casual.".

Considerações

O objetivo dessa postagem não é uma análise aprofundada das tecnologias citadas, mas sim, uma forma simples e objetiva para diferenciá-las. Certamente a inteligência artificial não anula a necessidade de um sistema computadorizado e não cabe discutir isso aqui. Até porque, se a gente parar e analisar, não existiria IA sem um sistema computadorizado por trás. Mas isso é papo para outro momento, quem sabe. Entretanto, é importante lembrar que a capacidade e os cenários de atuação da IA vão muito além dos exemplos que mencionei ao longo do texto.

sábado, 17 de fevereiro de 2024

As 4 Revoluções Industriais

Há algum tempo, eu tinha pensado em escrever um artigo por aqui falando sobre a 4ª Revolução Industrial – ou Revolução Industrial 4.0, também chamada de Indústria 4.0 –, que trata-se do momento atual da indústria, com a chegada de diferentes tecnologias, como inteligência artificial, computação em nuvem, internet das coisas e aumento na maturidade nos controles e automações de processos. Até já havia separado algumas referências para isso, mas no fim, acabou passando a motivação e não produzi. Talvez um dia ainda escreva, pois é um assunto do meu interesse.

Entretanto, dias atrás eu resolvi pesquisar sobre Revolução Industrial e cheguei em um texto bastante simples, mas bem objetivo. A partir disso, pensei que seria bacana fazer um desenho dessa evolução, trazendo os principais períodos e pontos chave do tema.

As 4 Revoluções Industriais

Eu não consigo pensar em Revolução Industrial sem associar mentalmente a imagem de pessoas quebrando máquinas 😅. É engraçado e triste ao mesmo tempo. Mudanças podem causar aversão e revolta, mas fazem parte da evolução natural da tecnologia. Contudo, o que me deixa intrigado é imaginar qual será a 5ª Revolução do próximo século 🧐?

domingo, 21 de janeiro de 2024

A Inteligência Artificial é o novo Modelo Ágil?

Antes de qualquer coisa, gostaria de declarar que a percepção que exponho aqui nesse texto não se trata de fruto de uma grande pesquisa baseada em diversas análises. Também não é baseado em algo que uma figura relevante falou – talvez alguém até possa ter falado, mas eu não vi nada sobre isso. O que eu escrevo aqui, trata-se de uma percepção minha, baseado na minha vivência. Pode ser que você vai ler e não faça sentido algum, o que está tudo bem. Porém, talvez você vai concordar comigo, o que me faz pensar que minha visão tenha algum fundamento e isso seria interessante.

Modelo Ágil

Tenho a impressão de que há alguns anos – começando mais ou menos 5 ou 6 anos atrás – o termo da moda em muitas empresas – principalmente do ramo de tecnologia – foi agilidade, como um termo derivado do conceito de Modelo Ágil para desenvolvimento de produtos.

Parece que nesta época, toda a empresa queria dizer que estava se adaptando a esta nova realidade, muito por conta de um outro tema chamado de Transformação Digital, que foca na automação de processos, colocar o cliente no centro e adaptação rápida as mudanças. A onda da agilidade adentrou as companhias, começando pelas equipes de desenvolvimento de software – e por consequência produtos – e depois foi contagiando as demais áreas da TI – e até mesmo fora dela – chegando em outros departamentos, como Administrativo, Finanças e RH, por exemplo.

O Manifesto Ágil – que de certa forma originou o Modelo Ágil – não é algo recente. Foi instituído em 2001, mas as empresas resolveram falar mesmo disto quase duas décadas mais tarde.

Na maioria das organizações parece que o tal do ágil deu certo. Quem adotou, colheu e segue colhendo os frutos disto. E hoje ainda se fala muito nesta prática. Novos cargos foram criados, como Scrum Master e Product Owner, por exemplo. Estas funções até já existiam, porém, não se ouvia falar muito a cerca de uma década atrás.

Inteligência Artificial

Com o surgimento do ChatGPT no final de 2022, a Inteligência Artificial (IA) caiu na boca do povo. Não só no meio corporativo, mas muitas pessoas correram para usar o Generative Pre-trained Transformer (GPT), que combinado com um mecanismo de troca de mensagens, torna-se um chatbot. Esse pessoal descobriu que isso se tratava de IA.

As empresas começaram a perceber a infinidade de oportunidades e benefícios que se pode extrair com a adoção da IA na sua rotina – e começaram a mapear diferentes formas de uso – e incentivar sua adoção.

A Inteligência Artificial não é algo novo. Muito antes dos computadores assumirem sua forma e uso atuais, a IA já era discutida no meio computacional. Há indícios de que o termo foi utilizado pela primeira vez no final da década de 1950. Basta pesquisar pelo seu surgimento.

A corrida para utilização da IA está grande. Há quem afirme que além desta tecnologia ter vindo para ficar – também complementa com a provocação de que quem não se adaptar a ela e aprender a utilizá-la, não terá mais espaço no mercado – isso falando tanto para um indivíduo, como profissional, quanto para as próprias empresas.

Modelo Ágil vs. Inteligência Artificial

Não há uma relação direta entre Modelo Ágil e IA, apesar de ser possível afirmar que a IA pode facilitar as práticas ágeis de desenvolvimento com a automatização de algumas atividades que o time de desenvolvimento realiza, por exemplo, pois enquanto uma – no caso, a IA – é tecnologia aplicada na prática, a outra – o Modelo Ágil e seus métodos, – trata-se de conceitos e processos.

A minha proposta com essa postagem não é comparar uma coisa com a outra. Meu intuito é lembrar que de tempos em tempos, a tendência muda e as empresas – e por consequência as pessoas – são induzidas a estudar e se atualizar sobre o assunto do momento. Entretanto, um assunto não anula o outro. Tudo continua sendo relevante, mas sempre há temas que se destacam.

Pesquisa pelo termo "Modelo Ágil" no Brasil ao longo dos últimos 5 anos conforme o Google Trends

Pesquisa pelo termo "Inteligência Artificial" no Brasil ao longo dos últimos 5 anos conforme o Google Trends

Sendo assim, pelo que falamos aqui, há alguns anos o hype foi a Agilidade e hoje é a IA. Mais uma vez, ressalto que um assunto não anula o outro. É a esteira do conhecimento que desenvolve e aprimora constantemente as pessoas e as organizações. Tudo se completa. 

Mas e aí, qual será o tópico da moda daqui a 5 anos?

domingo, 5 de dezembro de 2021

5 tendências tecnológicas para 2022

Você já parou pra pensar sobre quais serão as tendências tecnológicas que estarão em alta em 2022? Não? Então vamos de radar da Martha Gabriel — consultora, pesquisadora e futurista —, pois há algumas semanas ela explorou essas trends baseadas em um artigo compartilhado pela Forbes.

5 tendencias tecnologicas 2022 radar martha gabriel
5 tendências tecnlógias para 2022 — #radarMarthaGabriel

  • Inteligência artificial em todo lugar (Artificial Intelligence everywhere)
  • Everything as a service (XaaS) e a revolução "sem código" (Everything-as-a-service and the no-code revolution)
  • Digitalização, dataficação e virtualização (Digitization, datafication and virtualization)
  • Transparência, governança e responsabilidade (Transparency, governance and accountability)
  • Soluções de energia sustentável (Sustainable energy solutions)

Meus 50 centavos de contribuição

Quando se fala de AI (Artificial Intelligence), eu meio que automaticamente penso em chatbots e RPA. Mas a verdade é que isso é só uma pontinha de um turbilhão de capacidades e aplicações. O artigo da Forbes, por exemplo, fala do reconhecimento facial em smart cars para alertar o condutor caso ele desvie a atenção da via ou esteja sentindo-se cansado. Além disso, é comentado também sobre os smart toilets , que como uma das suas funcionalidades, teria a capacidade de detectar disfunções intestinais por meio de visão computacional — imagino que analisando o resultado de um deploy 💩.

Sobre a EaaS (Everything as a Service), sim, isso é uma baita tendência. Dãaa, claro, eles já estão dizendo que é! 🤦‍♂️. Afinal, é passado a fase quando era necessário adquirir uma "caixa fechada", que consome energia, recursos e em pouco tempo ficará obsoleta, para consumir apenas a experiência, vulgo, o serviço que tem dentro. É bem mais fácil quando podemos comprar apenas o serviço, com a flexibilidade de utilizarmos quando e como quisermos, sem demais preocupações, não é? Bom, e não diretamente conectado a isso, mas na mesma vibe da facilidade, temos as plataformas que apostam no low-code/no-code. Como um exemplo, podemos citar a ServiceNow, que aposta, por meio do seu programa Citizen Developers, em tradução, cidadãos desenvolvedores, que incentiva pessoas de negócio — sem conhecimento em algoritmo ou linguagens de programação — na construção dos seus aplicativos sem a necessidade de mexer com código.

Digitalização, dataficação e virtualização, além de no meu ponto de vista também estar relacionado a Transformação Digital — meu assunto favorito segundo a @bibspotter 🤣 —, o analista da Forbes, no seu texto, comenta sobre o tal do Metaverso, o qual tanto tem se falado principalmente por conta dos movimentos do Facebook. E pra provar que isso é tão tendência, já tem gente até comprando/vendendo terrenos e iates milionários que só existem no mundo virtual.

Transparência, governança e responsabilidade, pelo ponto de vista do artigo da Forbes, está muito conectado com controle e regulamentações aplicáveis às tecnologias de AI, por exemplo. E relacionado a isso, podemos considerar um recente apontamento que foi levantado por um jornalista da Reuters, afirmando que a Alexa escuta as conversas dos usuários até mesmo quando ela não é chamada 😧.

E por fim, ao falar de soluções de energia sustentáveis, o que me vem na cabeça é ESG (Environmental, Social and Governance), uma sigla que tem se falado bastante para indicar as responsabilidades ambientais e sociais, capitaneadas por ações de governança corporativa das empresas. Como um exemplo recente, podemos citar as ações que a AmBev está assumindo com as usinas de energia solar e caminhões elétricos.

Então essas tendências são mesmo tendências?

Claro que são! Eu tento me manter relativamente atualizado sobre esses temas, pois além de gostar, sei que como um profissional de TI, preciso estar antenado no que contorna tecnologia e negócios. Sendo assim, concordo plenamente de que nada do que foi falado — essas 5 tendências apontadas pela Forbes e avaliadas pela Martha Gabriel — são estado da arte. Tratam-se de tópicos que já estão em pauta há alguns anos e penso que não serão tendência apenas em 2022, mas sim, passarão a ter uma relevância cada vez maior a partir do próximo ano, assim como, nessa década.

terça-feira, 5 de outubro de 2021

A inteligência artificial vai tomar o lugar dos humanos?

Toda a mudança gera tensão. O desconhecido assusta. Causa pavor. Em algumas pessoas provoca a resistência e em outras a descrença. Foi assim nos episódios datados pelas Revoluções Industriais ao longo da história, quando a classe operária supôs que a máquina fosse sua inimiga, vindo para derrubar os postos de trabalho com a redução da mão de obra humana. De uma forma literal, sim. Mas do mesmo jeito que a tecnologia substituiu trabalhadores em atividades manuais, ela também gerou novas oportunidades de emprego, que foram aproveitadas pelos profissionais que se qualificaram e souberam se adaptar.

4ª Revolução Industrial

Há quem diga que estamos passando pela 4ª Revolução Industrial. Assumimos que os computadores — que surgiram na Revolução passada — agora já se encontram enraizados na nossa cultura. Portanto, camadas mais profundas, contudo, fundamentadas na computação, tomam o lugar de protagonista, destacando: os dados — big data — e a inteligência artificial (IA) — machine learning —, apoiados por uma série de outras tecnologias que se propõem a automatizar processos e rotinas operacionais. 

Em linhas gerais, até hoje, pelo que se sabe, a humanidade sobreviveu ao poderio da industrialização. Porém, será que dessa vez será diferente?

O autor e palestrante, Arthur Igreja, em um post recente no seu Instagram, acredita que não, afirmando que o que se vem presenciando, não se trata de uma corrida entre pessoas e IA, visto que as características de uma máquina e de uma indivíduo são essencialmente diferentes.

humanos e inteligencia artificial arthur igreja

Humanos + Inteligência Artificial, baseado na argumentação do livro AI 2041: Ten Visions For The Future

No quadro acima, percebemos que tratando-se de volume de dados, o cérebro humano perde para IA, e da mesma forma, segue atrás quando se fala em identificação de padrões e agilidade na tomada de decisões complexas. Entretanto, a massa cinzenta sai na frente no que diz respeito a conceitos abstratos, raciocínio analítico e criatividade, por exemplo.

Com isso, Arthur vai além, refletindo que inteligência está intimamente conectada à integridade humana, enquanto o artificial é o que diz respeito aos robôs.

Automatização e novas oportunidades

Segundo um estudo realizado pela Universidade Oxford, estima-se que 47% dos empregos atuais serão automatizados nos próximos anos. Em compensação, 133 milhões de novos empregos serão criados pela digitalização, conforme o relatório Future of Jobs (2018), apresentado no Fórum Econômico Mundial.

E o que isso quer dizer? Bom, significa que na medida que tarefas repetitivas — que apresentam um padrão contínuo de execução — são automatizadas, cada vez mais os seres humanos serão demandados para atividades que exijam capacidade de pensar, refletir, criar, melhorar e adaptar, pois, é isso que nos difere das máquinas e são essas habilidades que nos manterão ativos e relevantes em um mundo cada vez mais digitalizado. Sendo assim, por mais perfeito que os algoritmos possam ser, com resiliência e adaptação, certamente passaremos bem por mais essa Revolução.

quarta-feira, 3 de março de 2021

Machine Learning para detecção de doenças assim como o nariz dos cachorros

Estudos apontam que com treino, cachorros são capazes de detectar diversas doenças, utilizando seu aguçado olfato em amostras de urina dos pacientes. Essa tese já foi confirmada na identificação de tipos de câncer, como pulmão, mama, ovário, bexiga e próstata. Neste último, a taxa de acerto é de 99%. Além disso, também há indícios onde o faro dos caninos detectou até mesmo a presença de COVID-19 no material farejado.

Imagem: Medical Detection Dog

Segundo Andreas Mershin, pesquisador do MIT envolvido nos experimentos, nos últimos 15 anos, os cachorros têm se mostrado o método mais preciso para identificação de doenças. O cientista considera que o desempenho dos cães em testes controlados, em alguns casos, excedeu os resultados dos melhores e mais avançados exames laboratoriais, reconhecendo gêneros de câncer antes de qualquer outra tecnologia. Mershin acredita que a partir de uma variação, os animais são capazes de identificar outras, mesmo que não exista nenhuma característica em comum entre uma análise e outra.

Apesar da sua eficiência, treinar os animais para que se tornem especialistas no discernimento de enfermidades, leva tempo, sem contar que a disponibilidade deles é limitada. Levando em conta essas questões, aliada a eficiência observada, Mershin e seu time vêm trabalhando em um sistema que consegue analisar amostras com um nível de sensibilidade ainda maior que dos cachorros. Conectado a isso, está um processo de aprendizado de máquina (machine-learning) capaz de identificar as diferentes características apresentadas nos fragmentos avaliados.

O dispositivo que embarca esta aplicação, é implementado com sensores que atuam como receptores olfativos de um mamífero. O fluxo de dados coletado por esses componentes, pode ser tratado e analisado em tempo real, através de algoritmos desenvolvidos por meio de aprendizado de máquina. Isso proporciona a identificação de doenças muito antes dos regimes típicos de triagem. Os cientistas acreditam que, em um futuro próximo, este sistema automatizado de reconhecimento de odores, será pequeno o suficiente para fazer parte do hardware de um smartphone, obtendo o potencial para tornar-se tão comum como a existência de câmeras ou conectividade bluetooth, por exemplo.

Imagem: news.mit.edu

Andreas Mershin e um dos "colegas de pesquisa" caninos

Em uma bateria de testes, a equipe de Mershin já chegou a avaliar 50 amostras, entre as quais, estavam urina extraída de pacientes diagnosticados com câncer de próstata, assim como materiais livres de doença. Foram utilizados no experimento, cães treinados pelo Medical Detection Dog no Reino Unido e o sistema automatizado de detecção. Parte do processo consistiu em aplicar um algoritmo de aprendizado de máquina, a fim de descobrir as semelhanças entre os elementos testados, o que levou o software, ao testar as mesmas amostras, a igualar a taxa de sucesso dos cachorros, fazendo com que ambos os métodos alcançassem mais de 70% de assertividade.

Por meio de testes controlados exigidos pelo DARPA, Mershin indica, no que diz respeito a capacidade de identificar pequenos traços de moléculas, que o sistema é 200 vezes mais sensível que o nariz canino. Entretanto, quando trata-se de reconhecer essas partículas, é 100 vezes pior. Nessa etapa é que entra em ação a machine learning, no intuito de encontrar os padrões evasivos que os animais podem inferir do cheiro, mas os humanos não conseguem entender a partir de uma análise química.

Os avanços alcançados até aqui, afirmam os pesquisadores, oferecem uma base sólida para novas pesquisas no futuro, quem sabe com uma amostragem bem maior, o que potencializaria o desenvolvimento de uma tecnologia adequada para uso clínico.

Fonte: MIT News e SciTechDaily

sábado, 30 de janeiro de 2021

Só coisas de robô

O que os robôs fazem quando os humanos não estão por perto?

Aham, só "coisas"de robô mesmo. 😂

domingo, 22 de março de 2020

O mapa da robótica

Recentemente a Boston Consulting Group conduziu uma publicação denominada Advanced Robotics in the Factory of the Future, a partir da qual, a revista Você S/A mapeou e compartilhou sobre o uso da inteligência artificial em diferentes indústrias pelo mundo.


Esses dados são um bom direcionador pra ver a quantas anda a evolução desse tema.

Fonte: Você S/A (Fev e Mar/2020)

quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

O futuro pertence aos robôs

Talvez já seja meio enfadonho dizer que "os homens serão substituídos pelos robôs", pois não é de hoje que tal ideia é semeada na sociedade, inclusive acompanhada do fato de que "as pessoas terão que desenvolver novas competências pra não ficar sem emprego".

 Work fast or I'll replace you with AI!

Na TI, um robô está mais pra um algoritmo do que uma máquina, apesar que no fundo, tudo é sustentado por uma infraestrutura física. No entanto, nessa área, mais se fala em automatizar processos repetitivos por meio da orquestração de scripts a fim de substituir profissionais, possibilitando alocá-los na execução de trabalhos que exijam um intelecto crítico mais apurado, o que um robô ainda não é capaz de fazer.

Aliado a isso, toda a central de serviços quer um chatbot, que está bem relacionado a AI (Artificial Intelligence), como na imagem acima, relacionando soluções cognitivas, que podem aprender mais rápido que um humano e ser mais assertivas na proposta de soluções para resolução de um problema.

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Já pensou em uma guerra de robôs?

Sim, você já pensou, mas não nesse tipo de guerra que estamos falando. Mesmo que indiretamente entre alguma postagem e outra aqui no blog, já falamos sobre artificial intelligence (AI) ou inteligência artificial (IA) em português. Pois é nesse ponto que queremos chegar. Imagine duas AI discutindo livremente, sem intervenção humana, apenas expondo o que sabem, uma contra a outra?

AI vs AI

Bom, acho que esse vídeo é o resultado:


Fonte: Indicado pelo Jabel Fontoura

domingo, 30 de agosto de 2015

Um cartão de memória no meu cérebro

"As vezes, durante as provas, eu quero inserir um cartão de memória no meu cérebro."

De preferência contendo todos os PDF's, PPT's e DOC's utilizados durante o semestre. E se não é pedir muito, com os tópicos mais importantes em destaque.

Fonte: 9GAG via Instagram 

sábado, 5 de abril de 2014

O ataque do bebê capiroto


Imagine você caminhando despretensiosamente pela rua quando subitamente encontra um frágil e pequeno bebê, abandonado no seu carrinho, aos prantos, clamando por uma alma bondosa que possa ajudar. Qualquer pessoa em clara consciência iria chegar perto e verificar o que está acontecendo, menos se o bebê fosse um endemoniado humanoide remotamente controlado:


A produção acima, encenada nas movimentadas ruas de Nova Iorque, fez parte da ação de marketing em torno do lançamento do filme Devil´s Due, lançado na segunda quinzena de janeiro nos EUA.

Fonte: Time | compartilhado por um amigo

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Robôs que voam e trabalham em conjunto


Na disciplina de Inteligência Artificial na faculdade, temos abordado muitas questões em torno dessas aplicações, envolvendo as ações relacionadas a cooperação entre agentes. As discussões sobre as práticas e funções que os drones remetem, envolvem os conceitos apresentados no vídeo abaixo:


Sem dúvidas esse é o resultado de uma percepção fantástica em termos de autonomia e cooperação.

domingo, 5 de maio de 2013

Nós usamos as máquinas ou elas nos usam?

Imagem: http://serenity-.deviantart.com/

Algumas semanas atrás, durante uma aula na faculdade, o professor compartilhou o vídeo abaixo. A produção não é recente, mas descreve extamente o reflexo de como a tecnologia vem impactando nas nossas vidas durante os últimos anos:


E aí, quem está no comando? Nós ou as máquinas?

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Mostratec 2011 - Tecnologia e Inovação

Algumas semanas atrás, mais precisamente no dia 29 de outubro de 2011, visitei a 26ª edição da Mostratec (Mostra de Ciência e Tecnologia), uma feira anual promovida pela Fundação Liberato aqui na cidade onde moro, Novo Hamburgo.

De uma forma geral, a intenção da feira é trazer jovens de várias partes do mundo, incluindo o Brasil, incentivando a inovação e o desenvolvimento da tecnologia que esses estudantes tem nas mãos, buscando a solução de problemas perante a sociedade.

A feira abrange mais de 100 projetos, incluindo trabalhos desenvolvidos pelos próprios alunos da instituição por trás do evento. Todos os projetos são selecionados criteriosamente, demonstrando a capacidade de envolvimento de cada expositor.

Em uma rápida visita no local, conversei com alguns expositores, troquei ideias e registrei algumas fotos dos projetos que me chamaram atenção.

Urna Eletrônica com Realidade Aumentada

Pensando na comodidade de portadores de necessiades especiais, o criador dessa ideia elaborou uma urna eletrônica que trabalha o conceito de realidade aumentada. A função principal é demonstrar a imagem do candidado escolhido diante da câmera, para que assim a estação possa processar e oferecer a opção de candidato escolhida, informando automaticamente o número de identificação e o partido. Ainda na intenção da acessibilidade, o display numérico na tela pode ser acionado através de movimentos diante da câmera.

explicação do projeto


demonstração do funcionamento

Cão Guia Robô

Considerando as necessidades dos deficientes visuais e a dificuldade em conseguir um "cão guia" nos dias de hoje, um grupo de estudantes elaborou o projeto de um cão guia robô.
O modelo foi testado com colegas de classe dos alunos durante a construção e estava em demonstração na feira.

explicação do projeto

modelo

Controle Android para Portões Eletrônicos

Usando o desenvolvimento para o sistema operacional mobile mais aclamado do momento e a criatividade (como nunca ninguém pensou nisso antes???), um aluno da própria Liberato, desenvolveu um sistema para acionamento do portão eletrônico através de um aplicativo para Android.

explicação do projeto

demonstração do funcionamento

Essa é uma pequena parte de tudo o que se pode encontrar em uma feira desse estilo. Gostaria de comentar mais algumas considerações sobre o evento, porém, acho que vou deixar para uma segunda postagem dedicada somente a isso.

Vejam como foi a feira no ano passado: Mostratec 2010 – Jovens e suas ideias

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

O fofinho robô My Keepon

No decorrer de 7 anos, o japones Hideki Kozima, um especialista em inteligência artificial, desenvolveu o My Keepon, um robozinho bastante amigável com a intenção de atuar na área da saúde.

O My Keepon é um bot repleto de sensores, os quais atuam perante as ações do som ambiente, assim sendo, a ideia princial do "bichinho" era auxiliar no tratamento de crianças que sofrem de autismo, visto que seus movimentos poderiam ajudar no desenvolvimento motor dos pequenos.

Mas agora, parece que o pessoal ficou tão apaixonado pelo brinquedinho, que a rede americana de lojas de brinquedos Toys "R" Us vai iniciar as vendas do mesmo no próximo mês, confirmando que o valor vai ficar em torno de US$ 50 dólares.

Vejam o malandrinho dançando:



Fonte: Revista Info de setembro