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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Quinta Literária: Produções Independentes 2

Nessa quinzena a Quinta Literária traz mais uma produção independente enviada pelo estimado Alex Seixas, quem já havia compartilhado conosco o material da quinzena passada publicado aqui na série. Portanto, segue abaixo a produção:

"Como se pela primeira vez tivesse acordado, levantou-se com um objetivo em mente e um sentimento estranho em seu coração. Tomou seu café e escovou seus dentes, sem pressa alguma, e saiu para caminhar em meio as folhas de outono.
Com um sorriso malicioso e enigmático, sem perceber, vagou durante horas.
Quando voltou para casa fez tudo aquilo que estava adiando, desde a limpeza das gavetas, até a limpeza de sua consciência e resolvera que tiraria aquela semana para visitar seus amigos e agradece-los por tudo, mesmo que acreditando que nenhum se importasse, mas ingenuamente ainda não havia conseguido se desapegar daquelas pessoas.
Dia após dia foi cumprindo seus objetivos e despedindo-se de cada um pela última vez, mas ninguém percebeu seu estranho e mau intencionado sorriso, ele já esperara por isso, afinal sempre fora assim.
Com o findar da semana, seu objetivo estava quase concluído. Só faltava um adeus, o adeus definitivo e assim o fez, estava concluído, havia acabado com tudo, seu passado estava destruído, e no infinito silêncio repousou, pelo menos até a manhã seguinte, quando acordou e percebeu que por mais que algumas vezes seu coração tentasse sair do peito, não conseguira se livrar do seu passado. Então levantou-se disposto a deixar tudo pra trás. Naquela semana completava dois anos que tentava se despedir e vivia cada semana como se fosse a última."



Agradecemos imensamente o Alex pela disposição em nos enviar o conteúdo. E se você gosta de escrever e também gostaria de compartilhar algum material conosco para publicarmos nas próximas semanas aqui na série, não deixe de entrar em contato demonstrando o seu interesse.

Imagem: www.epm.org

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Quinta Literária: Produções Independentes

A Quinta Literária dessa quinzena traz um formato diferente. São duas produções curtas e independentes enviadas pelo amigo Alex Seixas. Portanto, sem mais delongas, curtam o material:

"Tudo parecia conspirar para que aquela noite fosse perfeita, estavam eles lá sentados sob as estrelas e iluminados pelo luar, ela vestia a camisa dele e o cheiro das flores perfumava o ambiente. Fazia frio, porém isso não os impedia de ficar ao relento, pois seus abraços os deixavam em chamas. Mas foi de repente que tudo acabou, ele jamais se conformou e ela em momento algum se importou."
 

"O clima nostalgiante tomava conta das ruas da cidade, e não poderia ser diferente, estavamos na decada de 60. Éramos embalados aos sons de Elvis Presley e estavamos em busca de liberbade e igualdade. Encerramos as guerras e iniciamos uma filosofia de paz e amor. Ah e não podemos esquecer dos Beatles, que tiveram ascensão nessa época, e da construção do muro de Berlin. E, como se tudo isso já não fosse suficiente, ainda inventaram que o homem chegou a lua. Mas, o que eu dizia mesmo sobre nostalgia? É melhor deixar pra lá."

Por hoje é isso! Então, o que achou?

Vale lembrar que o convite continua! Portanto, se você curte escrever e gostaria de compartilhar algum material conosco para publicarmos nas próximas semanas aqui na série, não deixe de entrar em contato.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Quinta Literária: Sou Nerd e Professora de Nerds

Nessa edição da Quinta Literária trazemos um produção enviada por uma leitora do blog. Preservando sua identidade, vamos chamar nossa amiga apenas de Professora Nerd, dessa forma, segue o texto:

Sou nerd e professora de geeks, já que sou do tempo que CDFs eram nerds, já os estudantes que são mais novos receberam denominação atualizada. Meus estudantes são pessoas excelentes, claro aqueles que sobrevivem e chegam ao 4º período (quem chega nesse período é muito provável que se forme). Porque eu sou professora do 1º, 4º e último período. No 1º período sou a própria bruxa: tolerância zero! Por exemplo: chamada na hora, prazos não compridos tem nota zerada, nota=5,9=reprovação, qualquer aproximação é precedida da frase: “se for choradeira, nem venha!”. Com isso e com ajuda dos professores das matérias de matemática e estatística, conseguimos ter no 4º período apenas estudantes interessados e todos já trabalhando, a ponto de eu ter ouvido um aluno um dia falar para outro: “Você não trabalha? Que vagabundagem!”. No 4º período conheço todos pelos nomes, às vezes até conheço as namoradas (porque geek também namora, tem uns que até cometem o pecado capital de ter filhos durante o curso!), sei onde cada um trabalha e suas dificuldades. Nem faço chamada, existem atividades que dão ponto extra, apenas em relação aos prazos continuo exigente. Ao final formam-se excelentes profissionais. E sou professora há tantos anos, que na recente pesquisa da minha tese pude contar com alguns estudantes (que já viraram colegas de profissão) como entrevistados, porque se enquadravam na categoria de especialistas: pelo menos 10 anos de atuação na área e com experiência em gestão. 

Pois é esse é o meu mundo. Eu amo esse mundo! 

Recentemente, por ser uma professora emprestável, fui emprestada para o curso de educação física para conduzir disciplina sobre tecnologia. Realmente a turma tem um bom humor incrível, são esforçados, porque os conteúdos que ministro são etéreos para eles. Isso 99% dos estudantes, porque sempre tem um ou dois que estragam o ambiente. Acham que têm “direitos” (direito de namorar em sala de aula, direito de postar fotos sensuais no blog da disciplina, direito de não usar a plataforma de ensino à distância) e que eu tenho que me adaptar. Eu não me adapto e vira um inferno! 

Então resolvi ficar só no meu mundo, o dos geeks. No qual os estudantes estudam, eu ensino e nós compartilhamos ideias e experiências. No primeiro dia de aula realizamos todos os acordos de notas e prazos, sem exigências posteriores de “direitos”. Ao final do curso estão bem empregados e, eu com mais um grupo de colegas de profissão.

Agradecemos imensamente a professora pela colaboração!

E o convite continua! Portanto, se você gosta de escrever e gostaria de compartilhar algum material conosco para publicarmos aqui nas próximas semanas, não deixe de entrar em contato!

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Quinta Literária: Em busca da cidadania ideal

Nessa Quinta Literária trazemos um texto em formato de redação, escrito pela minha querida amiga Thais Haubert. Curta a obra:

Em busca da cidadania ideal

Com a importação do modelo de Estado de Portugal para o Brasil, surgiu a necessidade de aplicar os métodos do módulo na sociedade brasileira, como haviam sido inicialmente ditados. Entretanto, a aplicação não foi seguida totalmente à risca, pois o país inverteu a ordem dos direitos do cidadão, cometendo assim seu primeiro equívoco antes mesmo de obter resultados. Segundo o texto “Brasil: herança cultural e desafios do presente” os direitos sociais ganharam prioridade, sendo assim, aplicados primeiramente. Seguidos pelos direitos políticos e por último, os direitos civis. 

Pode-se dizer que a aplicação errônea do modelo no Brasil, acabou por resultar problemas sociais, tendo como base o fato de que uma cidadania plena é um ideal possivelmente inatingível. Pois combina liberdade, participação e igualdade, fatores que não fazem parte da realidade brasileira. Um país que não possui em seu currículo liberdade individual. A ideia central dos direitos sociais, prega que haja uma diminuição crescente na desigualdade social, revelando-nos que ainda há um longo caminho a se percorrer para alcançar tal objetivo. 

A cidadania brasileira se encontra em uma situação no mínimo inquietante, é inegável que houve progressos durante a sua longa história, todavia os mesmos foram lentos e ainda carregam com si o peso de milhões de pobres, analfabetos, semi-analfabetos, desempregados e vítimas da violência. Vivendo presos na desigualdade social, podendo ser declarada como a escravidão dos dias atuais, o empecilho que vem banindo a constituição de possuir uma sociedade democrática. 

Diante de tais afirmações, é correto afirmar que o Brasil já percorreu um longo caminho em busca de uma sociedade democrática, da liberdade individual e do simples direito de escolha. Entretanto, possui a consciência de que ainda virão muitos anos para que tais objetivos sejam alcançados, pois a situação da atual sociedade não está, definitivamente, perto do que poderia ser considerada ideal.


E o convite para você enviar sua produção para que possamos compartilhar aqui na série ainda continua. Entre em contato comigo pelo Twitter (@JoatanGeek) ou mesmo pelo formulário de contato do blog para conversarmos! Aguardamos seu texto!

Imagem: blog.estudeadistancia.com

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Quinta Literária: Desolação

Nessa quinzena a Quinta Literária traz uma produção um tanto peculiar, bastante diferente do que já publicamos em edições anteriores. O autor pediu para ser chamado apenas de Matias. Dessa forma, curtam o texto:

Desolação

Neste campo de batalha, eu caminho solitário. O vento trás o cheiro de carniça e de pólvora, lembranças funestas de um passado há pouco acabado. As minhas pernas lutam para cruzar o caminho sobre os corpos caídos. Mesmos corpos aqueles que um dia cruzaram pela superfície desta terra, com mentes que acreditavam na humanidade, a mesma humanidade que os trouxe até ali.
Sinto sede nesse deserto de decadência, onde a esperança não mais habita, pois não há mais corações vivos que ela possa chamar de lar. Os meus sentidos se esvaem. Carniça, sangue e entranha são tudo que sinto, tudo que cheiro, tudo que vejo, me arrastando aqui na podridão.
Quem sabe...
Quem sabe a sede me leve... para junto dos corpos caídos, onde não mais caminharei solitário, mas deitarei com aqueles que caíram. Só mais um, no meio de tantos, esses que preenchem um espaço que parece infinito à visão do observador com a morte na sua forma mais bruta, sem exaltações de contadores de histórias e nem floreios de poetas. A morte do jeito que ela é, desde o início dos tempos.


Se você leva jeito pra escrever e tem interesse de compartilhar seu trabalho conosco, entre em contato para enviar a sua obra também!

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Quinta Literária: Atividade Frankestínica

A Quinta Literária de hoje traz mais uma produção da amiga Bibiana Haubert. O incentivo para a criação do texto foi baseado em uma atividade, na qual, perante a descrição e mistura de determinadas características, inclusive baseadas em outros textos, deveria ser editado uma criação final. O resultado segue abaixo:

  Ao sentir meu olhos irritados, culpei a poluição. Gritei: Maldita poluição!
Pedi por ar. Mas ninguém me ouvia gritar. Ninguém me via, ninguém procurava por mim. Talvez por andar tão junto ao solo, como um pintassilgo, deixando pegadas mínimas. Mas até o pintassilgo sai do chão, voa para longe, é visto e admirado por suas belas cores. Eu não.
  Eu me via cada vez mais próximo do solo e mais longe de alçar voo. Me sentia em uma panela de pressão, sendo cozinhado ao fogo alto, como um simples pedaço de alho ou cebola. Mas até alhos e cebolas deixam suas marcas, seja no tempero da carne ou no hálito de quem as ingere. Eu não.
  Água! Preciso de água...E ar...Mas ninguém me ouve, ninguém me vê ferver.
  Começo a lamentar sobre o mundo que vivo. Tão grande, tão cheio de gente, e mesmo assim, estou aqui, pequeno, invisível, fervendo.
  Sinto meus pulmões cessarem. E cada parte do meu corpo ceder à fraqueza. Parte por parte, cessando. Até meus globos oculares fecharem. Passei tanto tempo junto ao solo, que aqui termino, estirado no assoalho.



Conforme alguns devem ter percebido, na semana passada comentei pelo Twitter e na página do #GEEKFAIL no Facebook também, referente a periodicidade da coluna, considerando que agora as postagens relacionadas serão realizadas quinzenalmente, tanto que na semana passada mesmo já não tivemos. Reforço o pedido para todos os amigos que gostam de escrever e que tenham uma biblioteca de obras que gostariam de compartilhar, para que nos enviem esse material para publicarmos aqui, pois somente com o apoio e colaboração de todos conseguimos manter projetos como esse.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Quinta Literária: Desequilíbrio, Amor e Paixão

 
Na Quinta Literária de hoje trazemos mais uma produção do amigo Mateus Kern, falando sobre os níveis existentes entre amor e paixão, assim como a reação das pessoas perante essa diferença:

Segundo Zizek, o amor é um desequilíbrio, mas eu discordo dele. O amor é o maior dos equilíbrios. É quando aquela pessoa, seja ela quem for e seja qual lá for o tipo de afeição que tu sente por ela, já faz parte do teu próprio ser.
Paixão sim é desequilíbrio, é quando os teus sentimentos além de estarem borbulhando, tu precisa mostrar isso a todos. Paixão é quando o teu ser está tentando assimilar que outro está entrando em sua vida, é por isso que muitas vezes não passa de uma paixão, pois teu ser não assimilou a entrada do outro em sua vida. Já quando ocorre tal assimilação, aí nasce o amor: O outro ser passou a ser parte do teu ser e você começa a se (re)equilibrar e toda aquela loucura que passou, passa a fazer sentido. Mas, os dois também podem coexistir, ou no inicio do amor, quando é necessário afirmar para os quatro cantos do mundo que o amor tomou conta do teu ser, ou durante tal amor, quando é necessário reafirmar tal sentimento.
Mas, não é necessário que aquele outro ser realmente faça parte da sua vida, ele tem que ser parte de você, de seus sentimentos, seus pensamentos. Por isso, por mais que o outro ser afaste-se de você, ou você dele, e sejá la qual for o motivo disso, o amor ainda assim pode existir, pois aquele ser ainda existe dentro de ti. E se por alguma razão ele deixar de ser, então nunca foi amor.


O texto acima foi publicado originalmente em chaos.mateuskern.com.

E o convite para você enviar sua produção para que possamos compartilhar aqui na série ainda continua. Entre em contato comigo pelo Twitter (@JoatanGeek) ou mesmo pelo formulário de contato do blog para conversarmos! Aguardamos seu texto! 

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Quinta Literária: Metáfora

Na Quinta Literária de hoje temos dois textos baseados em um exercício envolvendo metáforas. As publicações são de autoria da Bibiana Haubert, e mais uma vez agradecemos a estimada amiga pela colaboração. Seguem as produções:

Texto animal
Acordando mais um dia nesse lugar que é uma selva. Onde os mais fortes sobrevivem e os mais fracos... Bom, você sabe o que acontece com eles.
Já ouço o rugido de alguns parentes acordando. E o barulho de folhas e árvores balançando com o vento e com o movimento daqueles que já estão de pé.
Tenho sede. Vou me aproximando de uma poça para beber água. Enquanto mato a minha sede, avisto algo grande o suficiente para matar a minha fome. Droga, aquele veado percebeu o que estou pretendendo! É hora de correr, molho meus belos pêlos na poça e corro em sua direção. A presa é ágil, mas eu também sou. Com um pulo, minhas afiadas garras e meus afiados dentes o atinge. Pronto, consegui, o estômago está calmo novamente. A medida que vou me afastando, vejo que os urubus se aproximam. São uns aproveitadores mesmo. Mas é assim que funciona, eu faço o trabalho sujo e eles terminam.
Acho uma sombra de árvore e descanso. E lá se foi mais um dia nessa selva.

Texto pessoa
Acordando mais um dia nesse lugar que é uma selva. Onde os mais fortes sobrevivem e os mais fracos... Bom, você sabe o que acontece com eles. Já ouço o barulho de alguns vizinhos acordando, e do movimento de quem já está na rua. Chegando no trabalho, sinto sede, preciso de café. Vejo que a térmica já está no final. Preciso daquele último gole. A medida que vou me aproximando, vejo que o Fábio se aproxima. Droga, aquele veado percebeu o que estou pretendendo! É hora de correr! Acelero o passo e vou em sua direção. Ele é ágil, mas eu também sou. E com um passo largo, minha mão atinge seu ombro, puxando-o para trás, alcançando assim meu objetivo e me servindo da última xícara de café. Mas antes de terminar, aparece Jorge, já colocando sua xícara na minha frente e me obrigando a servir um pouco para ele também. É um aproveitador mesmo. Eu faço o trabalho sujo e ele termina.
E assim começa mais um dia nessa selva.


Aproveitamos também a oportunidade para parabenizar todos os escritores pelo seu dia, o qual celebramos ontem, 25 de julho, pois sem dúvidas, sem a literatura, o mundo seria demasiadamente sem brilho.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Quinta Literária: Telefone

Continuando nossa série de postagens iniciada na última semana, a Quinta Literária, trazemos mais um texto aos nossos nerds amantes da literatura. A produção de hoje é autoria do amigo Mateus Kern, publicada originalmente em chaos.mateuskern.com. Segue o texto:

O celular toca, um número desconhecido aparece na tela, o sono faz com que você se atrapalhe na hora de atender e acaba rejeitando a ligação. Mas, então a pergunta vem a cabeça: Quem era? Seria ela, lhe dando aquela tão esperada ligação? Se for ela, o que você irá dizer, o que ela irá dizer? E então num estante milhares de repostas passam pela sua mente. Então você retorna a ligação, se apresenta dizendo que ligaram para você desse número poucos minutos atrás, o outro lado não compreende bem sua voz sonolenta, repassa para outra pessoa, nesse momento tudo para naquele instante, você repete o que tinha falado e então a verdade: Era apenas um engano, o telefone é posto de lado e aí vem, em vão, a tentativa de voltar a dormir.


 Agradeço ao Kern pela permissão em publicar o texto.

E continuamos reforçando o convite, se você gosta de escrever, compartilhe suas produções conosco, dedicando o material para aparecer aqui nas próximas postagens.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Quinta Literária: Sons do ambiente

O gosto por escrever é um fator que deve necessariamente estar presente na vida de todos os blogueiros. Comigo não é diferente, tanto que já vão fazer três anos que sustendo esse trabalho por aqui. E pensando em desenvolver melhor essa prática, aderindo novas técnicas na escrita, no início do ano participei de um curso que incentivou essa questão, pois a descrição do próprio era "Desinibição Textual e Escrita Criativa". Foram seis encontros, uma vez por semana, quando conseguimos motivar exatamente os propósitos das aulas, além de conhecer novas experiências, e socializar com outros amantes da prática, e consequentemente da leitura, pois essas duas são constantes que trabalham em paralelo.


A partir de tudo isso pensei em criar uma nova série de postagens aqui no blog, a Quinta Literária. A intenção é compartilhar textos diversos, escritos inclusive por pessoas que participaram do curso comigo, assim como o que temos hoje. Toda a quinta-feira (prometemos tentar) uma nova obra será publicada. E mesmo não conservando uma relação estritamente direta com a tecnologia, nós sabemos que os nerds adoram uma boa leitura.

O texto de hoje foi escrito pela Bibiana Haubert, baseado em uma atividade onde fomos levados a escrever sobre sons de determinado ambiente. Leiam abaixo:

Centro. O que representa o centro? Geograficamente falando, é o meio. Os bancos formando um círculo que eu carinhosamente chamo de “coliseu”, seria o centro da Feevale. Pois fica no meio do pátio, no meio da maioria dos prédios e faz parte do trajeto de quase todos que passam pela Feevale.
  Por tudo isso, ele capta muitas coisas. Conversas, risadas, passos e até o silêncio. E no meu caso, o barulho da lapiseira andando no papel. Folhas balançando, pessoas caminhando, pessoas conversando, pessoas pensando. De vez em quando pássaros cantando e alarmes de carro soando.
  Algo tão aberto como esse local recebe tudo. Capta diferentes coisas de diferentes fontes. Nós deveríamos ser assim: abertos e captando. Captando o que vier. Até o papel de um doce que foi trazido pelo vento e as formigas que caminham ao meu lado. As conversas ora sobre peso, ora sobre sonhos. Algumas folhas balançando entre as frutas, outras se arrastando pelo chão.
  Não é preciso escrever para captar, mas é bom escrever o que captar. Mas o ideal mesmo, é estar sempre aberto, deixar no modo “on”. Nunca se sabe o que podemos captar e não custa nada. Eu já ativei o meu. E você? Mas atenção, às vezes ele pode desativar sozinho, é preciso reativá-lo de vez em quando.

Agradeço imensamente a Bibiana por compartilhar os textos dela conosco!

E se você se sentiu motivado em compartilhar sua produção também, para que nas próximas semanas apareça aqui, entre em contato demonstrando seu interesse. Vai ser ótimo conhecer seu trabalho!