Na semana passada, eu estava participando da 3ª etapa do TETRIX, um desafio universitário para graduandos e recém graduados. Foram 15 questões que exigiram respostas nada tradicionais, desde a gravação de vídeos, até a construção de um moodboard com recortes de jornais e revistas.
A proposta de uma das atividades, solicitava ao competidor para publicar um post no LinkedIn listando 3 motivos para estar participando do TETRIX Challenge, além de descrever como a competição poderia mudar a sua vida. Caso o post tivesse pelo menos 15 compartilhamentos e 150 curtidas, a pontuação desse quesito seria duplicada. Com isso, não me surpreendi quando me vi imerso em um grupo de Whatsapp e Telegram, criado pelos próprios participantes, a fim de que trocássemos likes e shares.
Inevitavelmente, minha timeline de atividades no LinkedIn ficou cheia de compartilhamentos, já que da mesma forma que o pessoal me ajudou a bater essa meta, eu também ajudei todos que pude. Mas infelizmente, não consegui as 150 curtidas. Parei em 124. OK, sem problemas. Faz parte do jogo.
Voltando ao flooding que eu causei, compartilhando provavelmente próximo de 100 postagens alheias, algo que eu não abri mão foi de ler cada um dos textos que eu me deparava ao clicar nos links da galera. Afinal, não admito indicar um conteúdo que eu não faço ideia do que diz. Bem provável que muitos não fizeram isso, mas não adianta, eu sou assim — inclusive os hiperlinks que eu coloco nas postagens aqui do blog, antes de inseri-los, eu sempre leio. A ideia de "ficar vendido" — como eu sempre costumo dizer, — empurrando pra minha rede de contatos artigos que se quer eu tenha lido não me agrada. Por mais que se trata de uma competição e eu estava fazendo pelos pontos, para mim, os princípios estão acima disso.
E a vantagem de ler o que os demais participantes produziram, me fez ver que tem gente muito boa concorrendo. Apesar de eu achar meio "batido" certas frases que li, como: "sou motivado a desafios", "quem me conhece sabe que sempre fui inquieto" ou ainda "irei aprender muito em uma viagem pelos 5 continentes" — este último, sendo o prêmio da competição. No entanto, tirando a trivialidade, li artigos que realmente me surpreenderam, tanto pela sua construção textual — considerando que eu sou bem chato com isso e não é qualquer leitura que me agrada — quanto pelas ideias expostas.
Sendo assim, posso dizer que a equipe TETRIX terá muito trabalho na avaliação das respostas de toda essa gente, pois têm estudantes muito bacanas concorrendo. Ah, e se eu tenho uma chance? Talvez. Mas tal como vi os colegas comentando nos grupos, posso afirmar com sinceridade e certeza de que foi uma semana bem diferente. A corrida pelas respostas foi doida. Elas literalmente nos motivaram a tirar a bunda da cadeira para cumprir tarefas que não fazem parte do nosso cotidiano, sem medo ou vergonha do que as outras pessoas poderiam pensar. Foi uma experiência bem interessante.
P.S.: Ao longo da segunda-feira (27), a organização do TETRIX anunciou nas suas redes sociais a postergação do prazo final para entrega das questões. Anteriormente estava estipulado para domingo (26) às 23:59h. Agora, estabeleceram quarta-feira (29). Como alguém que correu para entregar tudo na data previamente combinada, não achei muito justo. Entretanto, respeito e entendo que devem existir boas razões pra isso. Apesar deles incentivarem o pessoal que publicou tudo até domingo a utilizar este tempo maior para revisar suas questões, não farei. Para essa semana já tenho outras atividades programadas. O que está feito, está feito, não me arrependo e também não quero mudar minhas respostas.
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