No mundo dos videogames a gurizada chama isso de cheat. No mundo real a gente chama de malandragem mesmo. Na última quinta-feira (17/09/15), a Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) juntamente com o comitê de recursos do ar da Califórnia (California Air Resources Board, CARB) descobriram que os veículos equipados com motor diesel fabricados pela Volkswagen estavam emitindo nada menos que 40 vezes mais óxido nítrico (também conhecido como monóxido de nitrogênio) que o permitido pela legislação americana. A explicação pra isso? Um software interagia na central eletrônica do carro para que nos momentos de aferições, os níveis do composto baixassem, ficando dentro do limite esperado. As entidades descobriram a fraude com o apoio de testes realizados por pesquisadores da West Virginia University.
Martin Winterkorn, CEO da VW
Apenas nos EUA, a empresa está sendo forçada a fazer o recall de 500 mil unidades de veículos vendidos entre 2008 e 2015, contemplando os modelos Jetta, Beetle Audi A3, Golf e Passat. O pior é que estimativas apontam que em todo o mundo, 11 milhões de veículos movido a diesel que pertencem ao grupo alemão podem estar na mesma situação. O governo da Alemanha disse que vai apurar os resultados dos testes, assim como a Comissão Européia, que estará relacionando o caso junto a EPA.
Em comunicado, o CEO da marca, Martin Winterkorn, pediu desculpas formais pelo ocorrido, ressaltando: "A Volkswagen não tolera nenhuma violação, nem de leis, nem de normas". A multinacional está preparada para enfrentar as consequências e estima gastar 6,5 bilhões de euros com multas e demais encargos relacionados ao fato. Na segunda-feira (21/09/15), as ações da montadora na Bolsa de Frankfurt registraram queda de 17%, o equivalente a US$ 15 bilhões de dólares devido ao incidente.
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