Na semana passada publiquei um artigo lá no Zoom Digital, falando sobre carros elétricos no Brasil. Retomando o assunto, querendo ou não, um dos grandes impasses pela popularização desses veículos no país ainda são as baterias, principalmente pelo custo somado a demanda.
O fato não é recente, mas vale lembrar que o complexo de Itaipu está trabalhando em pesquisas que tratam do desenvolvimento de uma bateria brasileira, composta de sódio. Além de mais baratas que as baterias importadas que utilizam lítio ou níquel na sua composição, as baterias de sódio acabam sofrendo menos desgaste em virtude das altas temperaturas dos países tropicais como o Brasil, considerando que em uma média de 40ºC, a cada incremento de 10ºC, as baterias de lítio reduzem sua vida útil pela metade. As baterias de sódio também são menos agressivas ao meio ambiente, pois a composição nada mais é que sal de cozinha, componente em abundância na natureza, sendo totalmente reciclável.
As pesquisas são realizadas através do convênio entre o Parque Tecnológico de Itaipu, a empresa suiça Battery Consult e o Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel), controlado pela Eletrobrás. A Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) já liberou R$ 32 milhões para investimentos nas pesquisas. "Queremos dominar a tecnoloiga e oferecer uma empresa disposta a produzir a bateria no Brasil", comenta Celso Novais, coordenador do projeto.
A usina já aposta na construção de uma fábrica piloto de baterias, o projeto está em andamento ao lado do centro de pesquisas em veículos elétricos. A planta promete produzir cerca de 10 unidades por mês.
Itaipu também acredita no uso das baterias como sistema de armazenamento de energia em pequena e média escala. Um contêiner cheio de baterias interligadas, e por sua vez, esse conectado a um gerador eólico e painéis solares, carregando essas baterias e armazenando energia, já é realidade. O contêiner poderia servir como "ponto de carga rápida" para os veículos elétricos, ou mesmo, uma solução para levar energia elétrica para comunidades isoladas, como o arquipélago Fernando de Noronha em Pernambuco.
Nenhum comentário:
Postar um comentário